quinta-feira, 10 de junho de 2010

globalização


“Herança do apartheid vai ajudar na Copa”

Em menos de um ano, a África do Sul sediará o evento em que espera ser reconhecida definitivamente como uma nação madura, democrática e estável, longe do estigma de ter sido o palco do apartheid.
Mas o legado do regime racista, que perdurou de 1948 a 1994, não apenas perdura 15 anos depois de seu fim, como deve acabar ajudando no sucesso da Copa do Mundo.
Quem aponta a ironia é Moeletsi Mbeki, 64, um dos principais analistas políticos sul-africanos, em entrevista ao Pé na África.
Sua tese: a separação física imposta pelo apartheid, que confinou negros pobres em favelas distantes dos centros urbanos, ajudará a conter ondas de violência e mantê-las afastadas dos olhos de turistas.
“Mesmo se houver batalhas entre a polícia e trabalhadores, isso não vai afetar o evento. A infraestrutura da Copa do Mundo fica na cidade, longe”, diz Mbeki, ligado ao South African Institute of International Affairs, uma ONG.
Um dos países mais violentos do mundo, com índices de homicídio 50% maiores do que os brasileiros, a África do Sul teve duas grandes ondas recentes de violência recentes: uma em julho, contra a demora do governo em cumprir promessas de campanha, e outra há um ano e meio, contra imigrantes, que deixou 62 mortos.
Culpa, segundo ele, de promessas irresponsáveis do governo, da corrupção do regime e da crescente desigualdade de renda entre os negros.
Crítico ácido do governo, Mbeki é considerado a ovelha negra de uma família de alto pedigree no Congresso Nacional Africano, o partido governista há 15 anos.
O pai Govan (1910-2001), colega de Nelson Mandela na prisão, é um dos totens do movimento anti-apartheid. O irmão mais velho Thabo foi presidente sul-africano entre 1999 e 2008, e um alvo constante das críticas do caçula.
O Vale do Silício brasileiro


Se você pensa que só os Estados Unidos têm um pólo tecnológico, prepare-se para conhecer o de Campinas, no interior de São Paulo. Lá estão 110 empresas do setor de TIPor Marcela BrittoDe cidadezinha do interior a um dos maiores pólos de alta tecnologia do Brasil. Essa foi a trajetória de Campinas, município bem próximo à grande São Paulo, e que há mais de vinte anos vem desenvolvendo sua vocação tecnológica. O pólo de tecnologia de Campinas é formado por duas áreas que somam oito milhões de metros quadrados, conhecidas como Parques I e II, e concentra 110 empresas do setor de tecnologia, das quais 63 são de informática e 47 de telecomunicações. Neste moderno parque industrial estão presentes unidades de 32 das 500 maiores empresas do mundo, como a Lucent Technologies, IBM, Compaq e Hewlett-Packard (HP). - O pólo de alta tecnologia de Campinas surgiu há duas décadas e meia, mas o conceito ainda era prematuro. Hoje ele cresceu, adquiriu uma enorme importância e formaliza a vocação de Campinas para o setor de tecnologia – orgulha-se o Secretário Municipal de Cooperação Internacional de Campinas, Rogério Cezar de Cerqueira Leite.


O que é que Campinas tem?

Não é à toa que a região de Campinas é tão requisitada pelas empresas de TI. A cidade concentra inúmeros atrativos, como boa malha viária e infra-estrutura aeroportuária, mão-de-obra qualificada e proximidade a fornecedores, universidades e centros de pesquisa. Além disso, o município oferece qualidade de vida superior a dos grandes centros urbanos. Tudo isso faz a diferença na hora das empresas escolherem onde vão se instalar. A Lucent Technologies, por exemplo, transferiu sua matriz no Brasil para a Campinas, onde está desde 1997. É no pólo tecnológico que são fabricados cabos ópticos e equipamentos com tecnologia wireless. - O que nos trouxe para cá foi uma conjunção de fatores positivos. Campinas tem vários institutos de pesquisa e excelentes universidades na área de TI. É um celeiro de mão-de-obra de alto nível. Além disso, a cidade possui infra-estrutura completa em setores essenciais, relativos a transporte e fornecedores de insumos. O fato de estarmos a uma hora da grande São Paulo e contarmos com bons acessos para o Rio de Janeiro também facilita muito – diz o diretor de Marketing Corporativo e Relações Públicas da Lucent, Virgílio Martins. A Compaq foi outra empresa de TI que não resistiu aos encantos de Campinas. A companhia iniciou a fabricação de computadores no município em 1994, atraída pelas vantagens oferecidas pelo pólo tecnológico. - Toda empresa precisa achar geograficamente o ponto de equilíbrio que é bom para o seu negócio. E para cada tipo de empresa existe um lugar ideal. A região de Campinas é o que há de melhor para a área de TI no País – elogia o diretor de Relações com o Governo da Compaq, Hugo Valério. Quem já está instalado no pólo de alta tecnologia há mais tempo concorda. A IBM, por exemplo, está em Campinas há quase 30 anos e apesar de não ter sido atraída pela mesma variedade de benefícios que as empresas mais recentes na região, a Big Blue também pôde desfrutar de boas vantagens na época de sua instalação. - Quando viemos, as condições foram mão-de-obra qualificada, proximidade com o porto e o aeroporto, e com duas excelentes universidades, que são a Unicamp e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Os outros atrativos foram se somando – afirma o diretor do Centro de Tecnologia da IBM no Brasil, René Castro. E a IBM está expandindo sua atuação na região. Há um ano a empresa inaugurou em Hortolândia, município que fica a 20 minutos de Campinas, um condomínio industrial que abriga empresas de tecnologia, o Tech Town. Sua ocupação total está prevista para daqui a seis anos, mas hoje o condomínio já tem sete inquilinos, entre eles a AT&T, além da própria IBM. - Nosso condomínio industrial está aberto a empresas que trabalhem com qualquer tipo de tecnologia. E as empresas instaladas vão desfrutar de uma série de incentivos fiscais oferecida pelo município de Hortolândia – lembra Castro.


Tecnopólo




Tecnopólo é um núcleo que reune, num mesmo lugar, diversas atividades de (subida tecnologia), pesquisa e desenvolvimento, empresas e universidades, centros de pesquisa, etc. que facilitam os contatos pessoais entre esses meios, produz efeito de sinergia de que podem surgir inovações técnicas e novas idéias. Os tecnopólos concentram grande quantidade de mão-de-obra altamente qualificada. Ligados à 3ª revolução industrial, os tecnopolos representam hoje, o que as grandes regiões industriais representavam na 1ª revolução industrial. Os tecnopolos têm porquê objetivo a geração e melhoramento de produtos e técnicas. Estes produtos e técnicas serão, por sua vez, absorvidos pela indústria. Os tecnopólos são originários dos Estados Unidos, quando a Universidade de Stanford, na Califórnia, criou o Silicon Valley e têm espalhado-se em outros lugares porquê Europa e Japão. Podemos considerar Tecnopólis (cidades tecnopólos): Tsukuba (Japão) e Campinas (Brasil). Os tecnopólos geralmente se organizam ao volta de universidades, que recebem subsídios do governo e de companhias privadas. Junto das universidades surgem centros de pesquisas (sejam eles particulares ou governamentais), empresas e industrias de ponta.http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnop%C3%B3lo